Tapete
Ela não queria que ele a tocasse.
Prendeu os cabelos e sorriu desajeitada.
Ele notou o desconcerto e levantou para preparar um drink qualquer.
Para ela, trouxe suco de limão.
Aguado
Mas ela tomou mesmo assim.
Conversaram ainda por alguns minutos.
O gato se enroscou na perna dela
Ela assustou
E riu desajeitada.
Ele colocou uma música
E a tirou para dançar.
Ela queria morrer de vergonha
Mas aceitou o pedido
E pisou poucas vezes em seu pé.
O gato se ajeitou no sofá e ficou observando.
Ao acabar a música ela deu um gole grande do drink dele.
Whisky.
Ele olhou e riu.
Ela se sentiu quente a voltou para o sofá.
-De jeito nenhum. – disse ele, enquanto a puxava pelo braço.
Dançaram mais umas três músicas
Ela bebeu mais uns cinco goles do drink.
O gato já não estava mais no sofá
Então se desequilibraram
Ela já não tinha mais vergonha
Caíram no chão
E dançaram no tapete
Uma dança com ritmo variado
De tirar o fôlego e assustar o gato.
Ela ficou suada
E soltou o cabelo
E já pouco importava o desajeito.
Pedia mais e ria acelerada.
Deu uma canseira nele
E dormiu sorrindo no tapete.
Ariadne Catanzaro
3 Comments:
Ariadne, a única cidadã que tem entre seus autores favoritos o Bukowski e o Saramago, hehe.
Quanto a cinema, ando vendo uns filmes legais, mas todos brasileiros, no Canal Brasil, essa verdadeira mina que descobri recentemente.
Um abração e feliz 2007 pra ocê e sua família ;-)
ela suada
ele cansado
o gato assustado e o tapete desajeitado
e todas outras possibilidades no mesmo ato
hehehe
um conto pra sorrir no fim.
beijo no céu da boca
fe
Muito bom...
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