Livre_expressao

sábado, maio 19, 2007

Não quero


Não quero mais a tua pele
Nem teu beijo
E o que vier junto com ele.

Não quero teu carro novo
Tua casa na praia
Tuas passagens para Bahamas.

Não quero mais tuas vaidades
Tuas verdades
Tuas vantagens.

Não quero tua música
Teu whisky
Teu filet mignon.

Não quero nem pensar em teus braços
Tuas pernas
No calor da tua respiração.

Não quero
Não devo
Não sinto.

Não quero me importar com você
Com tuas ausências
Teu silêncio
E tua solidão.

Não quero tuas histórias
Tuas memórias
Teus monumentos ou documentos.

Não quero querer-te mais
E de tanto não querer querer-te
É melhor que já não me queiras desde já.


Ariadne Catanzaro

Foto: Filipa Mateus

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

quis agradecer por mail o teu comentário e convidar-te para visitares o meu novo blog mas o mail veio devolvido. parabéns pelo teu e por o que conseguiste pôr cá para fora com este poema.

10:25 AM  
Anonymous Anônimo said...

Não quero!!Nâo quero!!Não quero!! É uma bela poesia pois demostra emoções e não da lugar à razão. Não entendo muito de poesias mas o que me fascina é que por traz delas existe uma pessoa que nescecita se expressar. Gosto de tentar entender como são estas pessoas interpretando suas poesias. Você tem personalidade forte mas é insegura por dentro, se acha inferior e tenta se destacar sendo um tanto radical. Não tenho certeza mas acho que quando escreveu essa poesia vc sentia, em partes, o contrario do que escreveu. Não quero parecer insensível e mal edudado, mas acredito ser verdade o que disse.

10:24 PM  
Blogger lipão/fê said...

Negação

Não quero mais falar de amor
Não quero rimas, métrica, rancor
Não quero leitor, choro, reconhecimentos
Não quero tormento e nem lápis de cor

Não quero mais pintar sorrisos
Não quero cobranças, sonhos inúteis
Não quero mais ouvir pessoas fúteis
Não quero nem entender o que se passou

Não quero esperar que nada aconteça
Não ´tô mais afim de condessa
Dizendo que é dona da verdade
Não quero mais falsa amizade
E nem propaganda na porta
Não vou mais ouvir essa droga
Desse noticiário mentiroso
Com esse apresentador asqueroso...
E nem quero mais que esse poema termine

Não quero também nenhuma regra
Não gosto de gente fingida
Detesto quem não pensa na vida
E também acho que eu já penso demais

Não quero barata, cupim nem bezouro
Não quero seu ouro nem que arranquem meu couro!
Não quero bandida, polícia, guerra
Não quero mais ser donzela, agora sou dona do morro!

Não sei o porquê da revolta
Não tenho motivo para tal
Se tivesse também não diria
Hoje não quero poesia
Só quero falar do que eu não quero

E para não dizerem que sou exigente
Eu aceito essa cervejinha gelada, com maresia
Para mim tudo bem uma sombrinha
E façam silêncio
Que essa rede não fica mais vazia.


poema de Cristine Gerk. mais uma pessoa que nao quer

bjo
te amo nao esqueça de me visitar

8:05 PM  

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